Junkers Ju 52 é um avião alemão com motor a pistão fabricado entre 1932 e 1945 pela empresa Junkers, com capacidade de 17 passageiros. Também é conhecido como "Tante Ju" ou Auntie Ju, e apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial como "Iron Annie". Foram produzidas mais de 4.000 unidades para utilização civil e militar. É um dos aviões mais bem sucedidos na história da aviação européia.
Projetado por Ernst Zindel na fábrica da cidade de Dessau, o modelo inicial tinha apenas um motor, o Ju 52/1m. Seu protótipo foi produzido em 1931 e certificado no mesmo ano pelo Ministério dos Transportes do Reich. Devido a falta de interesse por parte dos compradores, principalmente da Deutsche Lufthasa, foram adicionados ao avião mais dois motores para aumentar seu desempenho, mudando sua denominação para Ju 52/3m. O 3m significa drei motoren, ou três motores. Algumas fontes indicam ter sido da empresa Lloyd Aéreo Boliviano (LAB) o pedido pela adição de mais dois motores, enquanto outras afirmam ser a requisição da Deutsche Lufthasa. Fabricado com motores BMW, alguns modelos para exportação também utilizavam motores Pratt & Whitney Wasp ou Bristol Pegasus.Os primeiros aviões com esta nova configuração e motores Pratt & Whitney foram entregues ao Lloyd Aéreo Boliviano, e batizados como "Juan del Valle" e "Huanuni".O avião batizado de "Bolívar" da LAB foi vendido à VASP, sendo este o primeiro a realizar a ponte aérea Rio-São Paulo em 1936, decolando do aeroporto de Congonhas com o registro PP-SPD.
Transformou-se na aeronave padrão da Lufthansa, representando 74% da frota em 1944. Realizava uma viagem Berlim-Roma com sobrevôo dos Alpes em apenas 8 horas, um tempo considerado excelente para a época. No entanto, por não possuir cabine pressurizada, era equipado com máscaras de oxigênio para vôos de grande altitude.Pela South African Airways, o Ju 52 realizou vôos na rota Cidade do Cabo - Joanesburgo. Ao total, a companhia aérea utilizou 13 aviões deste modelo.No Canadá também foi utilizado para transportar madeira e outros equipamentos de mineração, especialmente por um dos poucos Ju 52/1m existentes (apenas 7 foram construídos), com registro CF-ARM da Canadian Airways Limited de Winnipeg.Começou a perder espaço no mercado com o surgimento dos aviões Douglas DC-2 e DC-3, que eram mais econômicos e transportavam um número maior de passageiros.Em 1944 foi permitida a construção do modelo pela Construcciones Aeronáuticas S.A. (CASA) da Espanha, sendo então designado de CASA 352-L. Os Ju 52 também foram produzidos na França a partir de 1942, em uma fábrica da empresa aeronáutica francesa Amiot, incorporada pela Junkers durante a guerra, localizada na cidade de Colombes. Os aviões produzidos nesta planta foram batizados de Amiot AAC.1 Toucan. Após a guerra, alguns destes modelos foram para a Força Aérea Portuguesa, Air France e CSA Czech Airlines.Esteve em serviço pela Força Aérea Suíça até a década de 1980. Atualmente, alguns exemplares ainda voam na Alemanha, Suíça e Estados Unidos para passeios turísticos. Outros dois exemplares restaurados estão na África do Sul e França.
Uso Militar
Sua primeira utilização militar foi para o transporte de tropas bolivianas e equipamentos para o front de batalha pelos cinco aviões do LAB durante a Guerra do Chaco, conflito entre Bolívia e Paraguai.Na guerra civil espanhola, o Ju 52 foi utilizado como transporte de tropas, principalmente de soldados vindos do Marrocos para a Espanha, além de servir de bombardeiro e transporte para missões de pára-quedistas pela Legião Condor, uma força de aviadores voluntários enviados pela Alemanha para ajudar o General Franco.O mesmo uso foi feito durante a Segunda Guerra Mundial para o transporte de tropas e suprimentos para a frente oriental (Stalingrado), ou para o norte da África (Afrika Korps).A versão Ju 52/3m W, hidroavião, serviu na campanha da Noruega em 1940 e posteriormente no teatro de operações do mediterrâneo.O Ju 52 também foi uma peça fundamental na Operação Merkur (invasão alemã da ilha de Creta) no ano de 1941, como avião de transporte de para-quedistas. A operação foi considerada um sucesso, pois seus objetivos de conquista foram alcançados. No entanto, as baixas de para-quedistas foram grandes e pouco mais da metade dos 493 aviões que participaram da invasão foram danificados ou destruídos. Devido as altas perdas humanas e materiais desta operação, não foi realizada pela Alemanha mais nenhuma grande ofensiva utilizando tropas aerotransportadas.Um modelo do Ju 52 estacionado no Equador da empresa Syndicato Condor, subsidiária da Lufthansa no Brasil, foi um dos primeiros aviões capturados pelos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante este período beligerante, inúmeros Ju 52 foram destruídos. No entanto, alguns aviões capturados foram postos em serviço das forças vitoriosas, sendo alguns utilizados pela Aeroflot.
Sua primeira utilização militar foi para o transporte de tropas bolivianas e equipamentos para o front de batalha pelos cinco aviões do LAB durante a Guerra do Chaco, conflito entre Bolívia e Paraguai.Na guerra civil espanhola, o Ju 52 foi utilizado como transporte de tropas, principalmente de soldados vindos do Marrocos para a Espanha, além de servir de bombardeiro e transporte para missões de pára-quedistas pela Legião Condor, uma força de aviadores voluntários enviados pela Alemanha para ajudar o General Franco.O mesmo uso foi feito durante a Segunda Guerra Mundial para o transporte de tropas e suprimentos para a frente oriental (Stalingrado), ou para o norte da África (Afrika Korps).A versão Ju 52/3m W, hidroavião, serviu na campanha da Noruega em 1940 e posteriormente no teatro de operações do mediterrâneo.O Ju 52 também foi uma peça fundamental na Operação Merkur (invasão alemã da ilha de Creta) no ano de 1941, como avião de transporte de para-quedistas. A operação foi considerada um sucesso, pois seus objetivos de conquista foram alcançados. No entanto, as baixas de para-quedistas foram grandes e pouco mais da metade dos 493 aviões que participaram da invasão foram danificados ou destruídos. Devido as altas perdas humanas e materiais desta operação, não foi realizada pela Alemanha mais nenhuma grande ofensiva utilizando tropas aerotransportadas.Um modelo do Ju 52 estacionado no Equador da empresa Syndicato Condor, subsidiária da Lufthansa no Brasil, foi um dos primeiros aviões capturados pelos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante este período beligerante, inúmeros Ju 52 foram destruídos. No entanto, alguns aviões capturados foram postos em serviço das forças vitoriosas, sendo alguns utilizados pela Aeroflot.
O mais antigo Ju-52
O mais antigo Ju 52 em operação ao final de 2005 foi produzido em 1936 com número de série 5489, registro D-AQUI "Fritz Simon", posteriormente vendido para a DNL Det Norske Luftfartsselskap em 1936, tornando-se o LN-DAH "Falken".Confiscado pelo Exército Alemão em 1940, foi dado o antigo registro D-AQUI e nomeado "Kurt Wintgens". Após a guerra, os Aliados devolveram o avião aos antigos proprietários, a DNL. Registrado como LN-KAF "Askeladden", serviu no trajeto Tromsø - Kirkenes da costa norueguesa de fevereiro de 1948 até 1956.Ficou estacionado no aeroporto Fornbu de Oslo por um ano, sendo vendido para a empresa Transportes Aereos Orientales do Equador, adotando o novo registro HB-ABS "Amazonas". Saiu de serviço em 1963 e permaneceu no Aeroporto de Quito por seis anos.Comprado pelo ex-piloto da Força Aérea Americana Lester Weaver por U$ 52,500, foi registrado como N130LV e categorizado como "experimental" pelas autoridades norte-americanas.No ano de 1975, o escritor estadunidense Martin Caidin comprou o avião por U$150.000, batizando-o como "Iron Annie". Com o novo registro N52JU, foi utilizado em exibições aéreas até a Lufthansa adquiri-lo em dezembro de 1984. Voou até Hamburgo via Groenlândia, Islândia e Inglaterra. Obteve novo registro oficial D-CDLH, sendo então batizado de "Tempelhof". No entanto, o antigo registro D-AQUI também está pintado em suas asas e laterais.
antiguissimo......
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