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quarta-feira, 13 de março de 2024

Ruínas - Uma História da Guerra Contemporânea 2022 Download

 Durante a Primeira Guerra Mundial, a França foi o país mais afetado pela destruição. As imagens das cidades reduzidas a escombros (Reims, Arras, etc.) são utilizadas pelo governo para denunciar a ?barbárie? do inimigo. A Segunda Guerra Mundial, com o uso generalizado de ataques aéreos, foi acompanhada por uma mudança na escala da devastação. O território alemão, duramente atingido pelas bombas aliadas, tornou-se, em 1945, o maior campo de ruínas da Europa, de Colônia a Dresden, passando por Berlim. Mais recentemente, Beirute, no Líbano, foi devastada pela guerra civil (1975-1990). Na Síria, com a revolução que eclodiu em 2011, a destruição causada pelos bombardeamentos do regime de Bashar al-Assad mudou de natureza: já não era um simples efeito secundário do conflito, mas o resultado de uma estratégia. Ao aniquilar cidades inteiras como Aleppo, Bashar al-Assad expulsou parte do seu povo, ao mesmo tempo que tornou as condições de regresso impossíveis. Apartamentos destruídos, edifícios desmoronados, cidades reduzidas a escombros. Aqui, a preto e branco, cortinas ondulam em fachadas destruídas, ali, a cores, as pedras bloqueiam as ruas outrora percorridas por pessoas despreocupadas. Entre a incompreensão e o medo, a destruição tornou-se a própria imagem da guerra.
Mas o que fazer com as ruínas? O que significa viver entre os escombros? Deveriam ser preservados para manter intacta a memória do sofrimento? Deveria reconstruir-se? Quais os usos políticos e estéticos deste espetáculo de desolação? Estas são algumas das questões que o documentário de Cédric Gruat, constituído por imagens de arquivo, procura responder, analisando os grandes conflitos que devastaram a Europa e o Médio Oriente nos séculos XX e XXI.

 

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