Em 16 de dezembro de 1944, começava a Batalha do Bulge (ou
Batalha das Ardenas), uma das mais violentas da Segunda Guerra Mundial. O
confronto foi uma grande contraofensiva alemã na floresta das Ardenas,
na Valônia (Bélgica), chegando também na França e em Luxemburgo, na
Frente Ocidental. O exército alemão chamou a operação de Unternehmen Wacht am Rhein ("Operação Vigília sobre o Reno").
O
objetivo da Alemanha nazista era dividir os Aliados, capturando a
região da Antuérpia e a Bélgica, cercando e destruindo as forças
Aliadas, tentando forçar os Aliados ocidentais a negociar um tratado de
paz em separado com as potências do Eixo. Uma vez com seus objetivos
conquistados, Adolf Hitler poderia focar todo seu poderio militar contra
os Soviéticos no Leste.
A operação foi planejada em segredo, com
pouco tráfego de informações via rádio, com o movimento de tropas sempre
acontecendo à noite enganando a inteligência dos Aliados que foram
incapazes de antecipar a ofensiva imaginando que uma movimentação em
massa de soldados seria perceptível aos aviões de reconhecimento.
As
forças Aliadas foram pegas completamente de surpresa, com suas linhas
muito espalhadas enfrentando uma força inimiga inicialmente superior.
Lutas intensas em clima ameno, em especial ao redor da cidade de
Bastogne, e o terreno que favorecia a defesa atrasou os alemães. No fim,
os reforços Aliados e sua esmagadora superioridade aérea impuseram uma
derrota estrondosa às forças alemãs.
À beira da derrota, as tropas
mais experientes do Exército Alemão foram deixadas sem suprimentos e
com equipamentos insuficientes, enquanto os sobreviventes recuavam. O
Alto Comando Alemão estimou suas perdas durante a campanha em 84 834, já
outras estimativas dizem que 60 mil ou até 100 mil alemães foram
mortos, feridos ou desapareceram. Já os soldados dos EUA sofreram de 70
a 89 mil baixas, incluindo 19 mil homens mortos, fazendo da Batalha do
Bulge a mais sangrenta para as forças do país na Segunda Guerra. O
conflito terminou apenas em 25 de janeiro de 1945.
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