Durante a Primeira Guerra Mundial, a França foi o país mais afetado pela
destruição. As imagens das cidades reduzidas a escombros (Reims, Arras,
etc.) são utilizadas pelo governo para denunciar a ?barbárie? do
inimigo. A Segunda Guerra Mundial, com o uso generalizado de ataques
aéreos, foi acompanhada por uma mudança na escala da devastação. O
território alemão, duramente atingido pelas bombas aliadas, tornou-se,
em 1945, o maior campo de ruínas da Europa, de Colônia a Dresden,
passando por Berlim. Mais recentemente, Beirute, no Líbano, foi
devastada pela guerra civil (1975-1990). Na Síria, com a revolução que
eclodiu em 2011, a destruição causada pelos bombardeamentos do regime de
Bashar al-Assad mudou de natureza: já não era um simples efeito
secundário do conflito, mas o resultado de uma estratégia. Ao aniquilar
cidades inteiras como Aleppo, Bashar al-Assad expulsou parte do seu
povo, ao mesmo tempo que tornou as condições de regresso impossíveis.
Apartamentos destruídos, edifícios desmoronados, cidades reduzidas a
escombros. Aqui, a preto e branco, cortinas ondulam em fachadas
destruídas, ali, a cores, as pedras bloqueiam as ruas outrora
percorridas por pessoas despreocupadas. Entre a incompreensão e o medo, a
destruição tornou-se a própria imagem da guerra.
Mas o que fazer com as ruínas? O que significa viver entre os escombros? Deveriam ser preservados para manter intacta a memória do sofrimento? Deveria reconstruir-se? Quais os usos políticos e estéticos deste espetáculo de desolação? Estas são algumas das questões que o documentário de Cédric Gruat, constituído por imagens de arquivo, procura responder, analisando os grandes conflitos que devastaram a Europa e o Médio Oriente nos séculos XX e XXI.
Mas o que fazer com as ruínas? O que significa viver entre os escombros? Deveriam ser preservados para manter intacta a memória do sofrimento? Deveria reconstruir-se? Quais os usos políticos e estéticos deste espetáculo de desolação? Estas são algumas das questões que o documentário de Cédric Gruat, constituído por imagens de arquivo, procura responder, analisando os grandes conflitos que devastaram a Europa e o Médio Oriente nos séculos XX e XXI.
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