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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Annihilation - A Destruição dos Judeus da Europa Epis.05

Alemanha, 1933. Adolf Hitler, à frente do Partido Nazista, acaba de se tornar chanceler e se depara conduzindo uma república no auge de uma crise econômica e de uma inflação galopante. Ele usou o culto à personalidade nutrido por seu líder de propaganda Joseph Goebbels, que espalhou a ideologia xenófoba e antissemita dos nazistas, que Hitler divulgava desde a Primeira Guerra Mundial e reforçou em Mein Kampf: os judeus, ele alegava, eram parte de uma conspiração internacional contra a Alemanha. Ele usaria o poder do estado alemão, que havia se tornado o Terceiro Reich em 1934, para progressivamente excluir os 600.000 cidadãos alemães de origem judaica da sociedade, primeiro forçando-os a imigrar e em seguida aniquilando-os. A partir de 1933, os judeus foram proibidos de ter empregos que envolvessem contato com o público, o que incluía atores, jornalistas, músicos, e, mais tarde, professores universitários. Goebbels separou livros de autores que os nazistas consideravam degenerados e os queimou em praças públicas em maio de 1933. Como empresas e lojas judaicas ainda estavam dentro da lei, em abril de 1933 Goebbels pediu um boicote. Foi um fracasso. Mas depois de dois anos de propaganda, a ideia começou a entrar na mente da população, que passou a pensar que os judeus eram um grupo separado na sociedade alemã e que a segregação imposta a eles era justificada: eles não tinham mais lugar na Alemanha. A violência física contra os judeus começou a se tornar uma prática comum no verão de 1935, e mesmo o grande número de extrações deixava a sociedade indiferente. Enquanto isso, no ministério do interior, advogados nazistas definiam o que significava ser judeu, identificando, assim, quem deveria ser excluído. As leis de Nuremberg de setembro de 1935 retiraram a nacionalidade alemã dos judeus do país. Dali em diante, os serviços secretos, a polícia do país e a polícia do partido político, todos sob ordens de Himmler, tornaram-se a ponta da lança da política antissemita do Terceiro Reich.
Episódio 05 - A Solução Final
No gueto de Varsóvia, Emanuel Ringelblum e outros membros do grupo documental Oyneg Shabbos juntavam tudo que podiam para reconstruir a vida no gueto; artigos de jornais, textos eruditos, até ingressos de shows e desenhos de crianças. Quando eles descobriram sobre as mortes de judeus de cidades adjacentes em Chelmno e do gueto de Lodz no final de 1941, eles perceberam que os nazistas e seus auxiliares locais haviam embarcado em uma operação de aniquilamento. Em meados de março de 1942, o gueto de Lublin foi aniquilado. Aqueles que a SS considerava "inadequados para o transporte", os enfermos e as crianças foram mortos no gueto. Os outros foram levados à estação de trem. Todos os itens deixados no gueto foram tomados pelos nazistas, e qualquer coisa que os deportados levassem consigo era confiscada na chegada ao campo, onde eram obrigados a se despir. O dinheiro encontrado era colocado em uma conta bancária em Lublin, que servia para financiar as operações de deportação e aniquilação, e para pagar as linhas de trens alemãs. Aqueles que sobreviviam à jornada como gado em comboios eram levados dos vagões até salas de troca de roupa e em seguida para as câmaras de gás, onde eram asfixiados por químicos como o Zyklon B em menos de meia hora, enquanto aqueles que eram incapazes de andar eram arrastados até túmulos coletivos e mortos lá. Depois de Belzec, os campos de concentração de Sobibor e Treblinka foram colocados em serviço. Dali em diante, a liquidação dos guetos foi sistemática. 
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